Washington, 5
nov (EFE).- O Pentágono calcula que a única forma de destruir completamente o
arsenal nuclear da Coreia do Norte e os demais componentes do programa atômico
do país seria através de uma invasão terrestre, que, no entanto, poderia ser
repelida pelo regime de Kim Jong-un com ataques com armas químicas e
biológicas. As afirmações foram feitas pelo vice-diretor de operações do
Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, o contra-almira Michael J. Dumont, em
uma carta enviada a membros do Congresso e obtida pela Agência Efe neste
domingo. Os congressistas tinham pedido ao Pentágono para explicar que métodos
poderiam ser usados pelos EUA para privar a Coreia do Norte de seus armamentos.
Além disso, eles pediram um cálculo de quantas vítimas poderiam ocorrer em caso
de conflito na península coreana. "A única forma de localizar e destruir -
com uma completa certeza - todos os componentes do programa de armas de Coreia
do Norte é mediante uma invasão terrestre", afirmou Dumont na carta. O
contra-almirante ainda afirma que, em uma audiência secreta, o Pentágono
poderia dar mais detalhes ao Congresso sobre as capacidades de os EUA
resistirem a uma resposta com arma nuclear
da Coreia do Norte e de também eliminar as bombas atômicas do regime
localizadas em instalações subterrâneas . Quanto às possíveis vítimas de um conflito na região, o
Pentágono responde que o número seria "complicado" de calcular. No
entanto, cita que Seul está a apenas 56 quilômetros da região desmilitarizada
da fronteira, sendo, portanto, "vulnerável". "Tudo dependeria da
natureza, duração e intensidade do ataque", afirmou o contra-almirante , O
Pentágono lembra que as tropas americanas e sul-coreanas na região treinam
constantemente como se tivessem que responder um ataque da Coreia do Norte,
diminuindo o número de vítimas.
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